O tema da amamentação prolongada é cercado de opiniões divergentes e pesquisas escassas, mas vale a reflexão sobre o que especialistas dizem. A definição de “prolongada” pode variar de acordo com a cultura e o contexto, sendo considerada assim no Brasil quando ultrapassa as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A amamentação não é apenas uma fonte de nutrição; ela também promove uma forte interação emocional entre mãe e bebê, o que traz benefícios psicológicos para ambos. A OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e sua continuação, com complementação de outros alimentos, até os dois anos ou mais.
O Desmame e a Pressão Social
O desmame, definido como a introdução de alimentos complementares à dieta do bebê, é um marco importante no desenvolvimento infantil, mas também é influenciado por fatores socioculturais e econômicos. Muitas vezes, a mãe enfrenta pressões externas sobre o momento ideal de desmamar, mas o processo deve ser conduzido de forma natural e no tempo adequado para ambos, mãe e filho.
Existe uma Idade Ideal para Desmamar?
De acordo com especialistas, como a psicóloga Bianca Balassiano, não há uma idade fixa para o desmame. Cada mãe e bebê têm seu próprio ritmo, e a decisão deve ser baseada nas necessidades emocionais e físicas de ambos. O médico Carlos González, em seu livro “Manual Prático do Aleitamento Materno”, afirma que a amamentação prolongada não causa prejuízos à saúde da criança.
Sofrimento Emocional e Desmame
Um aspecto importante a ser considerado é se o desmame está gerando sofrimento emocional para a mãe. Se esse for o caso, é recomendável procurar ajuda de um psicólogo ou pediatra, que podem orientar uma transição mais suave.
Em resumo, a amamentação prolongada é uma escolha que depende da dupla mãe-bebê, sem uma regra fixa sobre o tempo ideal para desmamar. Cada família deve encontrar o seu próprio equilíbrio, respeitando o momento emocional de ambos.