Trabalhar a regulação emocional é crucial em todas as áreas da vida infantil, inclusive na alimentação. Pressionar a criança a comer ou oferecer recompensas, como muitos pais fazem, pode piorar a situação, especialmente quando falamos de seletividade alimentar.
Diversos fatores relacionados à criança e ao ambiente contribuem para a recusa alimentar. Um desses fatores é o aumento da ansiedade sobre os alimentos desconhecidos. Ensinar a função do nojo — que serve para proteger o corpo de alimentos contaminados — e, ao mesmo tempo, ensinar a criança a lidar com essa emoção, é um processo contínuo.
Por exemplo, uma criança pode recusar brócolis porque não reconhece o cheiro ou o aspecto visual do alimento, algo semelhante ao que sentiríamos ao sermos forçados a comer algo desconhecido, como gafanhotos. Estudos mostram que, quanto mais a criança é pressionada a consumir o alimento, mais sua ansiedade e repulsa aumentam, criando um ciclo de recusa alimentar a longo prazo.
Dicas para promover uma alimentação saudável:
- O aleitamento materno e a introdução de alimentos aos 6 meses podem reduzir a seletividade alimentar na infância.
- Apresente alimentos de forma gradual e respeite o tempo da criança para se familiarizar com as novas texturas, sabores e cheiros.
- Use atividades lúdicas para ensinar sobre os alimentos e suas funções.
Lembre-se: a repulsa pode ser uma manifestação do medo de comer ou até de desconfortos sensoriais. Se necessário, procure ajuda de um profissional para orientações mais específicas.